' É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê. ' ~*
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Só dê ouvidos a quem te ama!
Só dê ouvidos a quem te ama. Outras opiniões, se não fundamentadas no amor, podem representar perigo. Tem gente que vive dando palpite na vida dos outros. O faz porque não é capaz de viver bem a sua própria vida. É especialista em receitas mágicas de felicidade, de realização, mas quando precisa fazer a receita dar certo na sua própria história, fracassa.
Tem gente que gosta de fazer a vida alheia a pauta principal de seus assuntos. Tem solução para todos os problemas da humanidade, menos para os seus. Dá conselhos, propõe soluções, articula, multiplica, subtrai, faz de tudo para que o outro faça o que ele quer.
Só dê ouvidos a quem te ama, repito. Cuidado com as acusações de quem não te conhece. Não coloque sua atenção em frases que te acusam injustamente. Há muitos que vão feridos pela vida porque não souberam esquecer os insultos maldosos. Prenderam a atenção nas palavras agressivas e acreditaram no conteúdo mentiroso delas.
Há muitos que carregam o fardo permanente da irrealização porque não se tornaram capazes de esquecer a palavra maldita, o insulto agressor. Por isso repito: só dê ouvidos a quem te ama. Não se ocupe demais com as opiniões de pessoas estranhas. Só a cumplicidade e conhecimento mútuo pode autorizar alguém a dizer alguma coisa a respeito do outro.
Ando pensando no poder das palavras. Há palavras que bendizem, outras que maldizem. Descubro cada vez mais que Jesus era especialista em palavras benditas. Quero ser também. Além de bendizer com a palavra, Ele também era capaz de fazer esquecer a palavra que amaldiçoou. Evangelizar consiste em fazer o outro esquecer o que nele não presta, e que a palavra maldita insiste em lembrar.
Quero viver para fazer esquecer... Queira também. Nem sempre eu consigo, mas eu não desisto. Não desista também. Há mais beleza em construir que destruir.
Repito: só dê ouvidos a quem te ama. Tudo mais é palavra perdida, sem alvo e sem motivo santo.
Só mais uma coisa. Não te preocupes tanto com o que acham de ti. Quem geralmente acha não achou nem sabe ver a beleza dos avessos que nem sempre tu revelas.
O que te salva não é o que os outros andam achando, mas é o que Deus sabe a teu respeito.
Pe.Fábio de Melo
Obs.: O texto não é meu, mas é lindo e verdadeiro. Vale refletir. Amor é conhecimento, só quem nos ama nos conhece. "Só dou ouvidos a quem me ama!"
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Como diria Clarice: “Eu não sou tão triste assim. É que hoje eu estou cansada”.
Aprendi com uma amiga: posso ser a melhor, mas não sou insubstituível...
Interessante quando...
• Quando não fazemos falta.
• Quando percebemos que nossos conselhos ouvidos de outra boca são mais convenientes ou sinceros.
• Quando nossos (quase) segredos são facilmente revelados.
• Quando seu lugar é suprido. Substituído. Lugar? Seu lugar? Não existem lugares predeterminados. Aprenda. Isso não existe.
Cá estou eu um pouco cansada. Cansada de quem quer ser melhor do que eu, mas eu só quero ser eu. Quietinha no meu canto. Viver. Sem atrapalhar ninguém. Só ser feliz. Dá? Posso? Obrigada! Tantos que querem ser melhores. Pra que? Com qual finalidade. Por mim, eu passava despercebida. Quero viver tranquila. Sem sobressaltos. Com algumas surpresas. Tristes pra me fazerem crescer. Felizes pra, pra... me fazerem felizes! Porque não pode-se errar? Porque não pode estar aprendendo? Aprender é tão bom. Seja igual. Ande ao meu lado. Ou, pelo menos, me ignore.
Aprendi a ficar em silêncio. A observar. É tão melhor. Nem imaginava!
Não sabia que a minha característica mais marcante, a de conversadeira, falante, seria aquela que eu deveria abrandar. Renunciar.
Como eu constatei numa conversa. Eu fazia amizades tão facilmente, me entregava a elas tão abertamente. Mas hoje eu sei, não eram amizades. De certa forma, eram pactos. Pactos de coleguismo.
Mas, como diria o sábio padre Fábio de Melo: “Há pessoas que nos roubam, há pessoas que nos devolvem”.
Obs.: texto sem nexo algum, mas é exatamente assim que estou me sentindo. =)
sexta-feira, 18 de março de 2011
Reflexões sobre a amizade... II
"Amizade" de Minami Keizi
Nada há mais belo no mundo do que a certeza de possuir amigos leais, prestimosos, cuja afeição não seja influenciada nem pela fortuna, nem pela pobreza, amigos que ainda nos amem mais na adversidade do que na prosperidade! A fé na amizade é um estímulo constante. Quanto nos vivifica e anima sentir que alguns amigos têm absoluta confiança em nós, quando outras pessoas não nos compreendem e nos acusam?
Cícero dizia com razão: “Os que arrancassem da vida a amizade fariam o mesmo que se tirassem o sol ao mundo, porque não recebemos dos deuses imortais nada melhor nem dom mais delicioso”.
Que benefício termos amigos entusiastas, que se ocupam dos nossos interesses, trabalham constantemente por nós, nos dizem palavras alentadoras, quando nos sentimos indecisos ou desanimados; suportam as nossas más disposições, procurando dissipá-las, e as nossas impertinências; que nos defendem na ausência, ocultam as nossas fraquezas; que contêm e desfazem as maledicências; que destroem as mentiras que nos possam prejudicar; que desvanecem as falsas impressões; que tentam manter-nos no bom caminho; que compensam todos os prejuízos causados por qualquer erro cometido ou por alguma impressão má, produzida num momento desfavorável, estando sempre dispostos a auxiliar-nos e a alentar-nos!
Que pobre figura faríamos quase todos, se não tivéssemos amigos!
Que triste reputação teríamos, se não tivéssemos amigos que nos defendessem de golpes e nos dessem bálsamos para as feridas cruéis feitas pelo mundo! Muitos de nós seríamos também muito pobres financeiramente, se os nossos amigos não nos enviassem clientes e não nos proporcionassem trabalho, favorecendo-nos com todo o seu prestígio. Oh, que benefícios proporcionam os nossos amigos, corrigindo as nossas idiossincrasias, combatendo as nossas fraquezas, procurando remediar as nossas faltas! Como eles sabem cobrir com o manto da sua caridosa dedicação os nossos erros e defeitos!
Como este mundo seria triste e álgido, ermo, insípido, estúpido, sem os amigos que crêem em nós, quando todos os outros nos acusam; amigos que nos estimam não pelo que temos, mas pelo que somos!
Reflexões sobre a amizade... I
"Amizade - Um ensaio,Uma reflexão" de Joséli Costa Jantsch
Há algum tempo venho pensando em escrever sobre a Amizade, esta virtude tão bela. Comecei a pensar nisto, quando algumas das pessoas com quem me relacionei e com quem ainda me relaciono, ainda que virtualmente apenas, começaram a fazer algumas indagações interessantes: “Sabe, estou me sentindo meio sozinho, as pessoas não me procuram mais com a freqüência de antes, não sei o que está acontecendo?!”; “Os amigos que pensei que ficariam pra sempre do meu lado estão se distanciando, por quê?” ou ainda, “As amizades que faço hoje, não são como as de outros tempos, sinto que são superficiais, falta alguma coisa, mas não sei bem o que é!”.
Enfim, várias formas de dizer: “Socorro! Por que todos estão desaparecendo?”. Antes de acharmos um por que para tal situação que acaba por acontecer na vida de todos nós, mais cedo ou mais tarde; devo dizer que os verdadeiros amigos, mesmo que distantes não nos abandonam jamais!
Agora, se as pessoas a quem você costuma chamar de “amigas” estão, lentamente, te deixando de lado ou te procurando só para falar de assuntos sem importância ou para te convidar pra algum evento social (churrascos, festas, etc.), bem acho que está na hora de você rever o seu conceito sobre Amizade, para após começar a pensar em refazer o seu círculo de amigos, um desafio para aqueles que se auto-intitulam “super sociais”, não é mesmo?
A minha constatação sobre este tema, não será a primeira e nem a última, aliás, são muitas as linhas de pensamento sobre este tema, li muito e optei por seguir a linha de pensamento adotada por Aristóteles em sua obra intitulada Ética a Nicômaco.
Segundo Aristóteles, a Amizade é ou envolve um estado de caráter, uma virtude. Há três tipos de amizade, a primeira fundamenta-se no prazer recíproco da companhia (amizade de prazer); a segunda, na utilidade da associação (amizade de utilidade) e, por fim, aquela que se baseia na admiração mútua (amizade na virtude). E, assim como, os motivos da amizade diferem, também diferem as formas de afeição e amizade.
Aristóteles afirma que, para determinarmos o que é admirável em uma amizade, devemos ter em mente que, sempre que amamos alguém ou alguma coisa, nós o fazemos porque o objeto nos parece útil, agradável ou bom. Temos então, que o amor é um conceito amplo e expandido, que se direciona a vários tipos de relacionamento, inclusive à Amizade. Pois, para os verdadeiros amigos, desejamos coisas boas para o benefício deles e não apenas para o nosso próprio benefício.
Ora, não vamos nos enganar, o problema começa quando temos alguém a quem chamamos de “amigo”, mas desejamos o bem dele de acordo com o motivo de nossa amizade.
Então, temos que, àqueles cujo motivo é a utilidade, não têm realmente Amizade pelo outro, mas sim e, apenas, se interessam pelo seu semelhante na medida em que recebem algo em troca. Já, àqueles cujo motivo é o prazer, tem uma Amizade graciosa, que se baseia em momentos agradáveis (um churrasco, um festa, um acontecimento social qualquer), mas não têm alguém que realmente se importa com eles como indivíduos, pois querem apenas desfrutar do prazer superficial de uma companhia.
Portanto, disto podemos concluir: aqueles que têm para si a Amizade-Utilidade amam seus amigos pelo que é bom para si mesmos e, aqueles que se utilizam da Amizade-Prazer, o fazem apenas pelo que lhes é prazeroso. Em ambos os casos, a pessoa amiga não tem valor pelo que ela é, mas sim, na medida em que ela é útil ou agradável! Tais amizades estão eternamente fadadas às circunstâncias do destino, pois as pessoas não são valorizadas pelo que são, mas pelo tipo de vantagem ou prazer que podem oferecer; a sua dissolução é apenas uma questão de tempo, já que se baseiam pura e simplesmente na troca de interesses e se esta não permanecer em equilíbrio, a amizade não sobreviverá.
Então, a Amizade perfeita é aquela baseada na bondade e na pureza do coração, pois somente os bons em si mesmos, conseguem desejar que seu amigo também tenha algum benefício ou prazer. Esta é a verdadeira Amizade na virtude e somente ela é permanente.
Infelizmente, são muito raras as Amizades desta espécie, pois pessoas assim estão cada vez mais difíceis de achar. E, além disto, este tipo de amizade requer intimidade e dedicação de tempo, sem que para isto tenhamos que abrir mão de nossos interesses (o Ser Humano não é totalmente altruísta)! Temos sim que pensar que, ao ajudarmos um amigo estaremos aumentando a quantidade de bem existente e, conseqüentemente o nosso bem-estar de modo geral.
Para tudo isto dar certo, devemos ter o coração no lugar certo e, isto exige que vejamos o nosso amigo como um “outro eu”, palavras muito sábias de Aristóteles, que quis dizer com isto que, assim como devemos amar aquilo que há de mais nobre em nós, também devemos amar aquilo que é nobre e bom em nossos amigos (para isto devemos conhecê-los de fato e não apenas compartilharmos algum tempo com eles).
Lembre-se sempre, que o amor por um amigo, tido como nosso outro eu, deve ser nada mais que uma extensão do tipo de amor que temos ou deveríamos ter por nós mesmos, aquele amor que não se baseia jamais no egoísmo, na egolatria ou no egocentrismo!
Por todas estas razões, a Amizade é, sem dúvida alguma, o melhor escudo contra o auto-engano, mas isto já é uma outra estória...
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